Nos enredos do circuito de pesquisas dos Tabajara e Kalabaça de Poranga (CE)

Resultado do amadurecimento de uma trajetória de pesquisa iniciada na graduação e consolidada no Mestrado em Antropologia da UFPE, esta obra investiga a relação entre práticas de pesquisa e processos de mobilização indígena entre os povos Tabajara e Kalabaça de Poranga (CE). A partir de trabalho de campo realizado entre 2011 e 2012, o autor propõe o conceito de “circuito de pesquisas” para compreender a multiplicidade de investigações produzidas pelos próprios indígenas, articulando saberes locais, políticas educacionais e reivindicações identitárias. O estudo evidencia como a “pesquisa”, enquanto prática social e pedagógica, tornou-se ferramenta política central na afirmação e no reconhecimento desses grupos, revelando a complexa rede de agentes e instituições — entre elas a Funai, a Pastoral Indigenista e secretarias de educação — que moldaram os percursos da educação indígena no Ceará.