Moradores de engenho: relações de trabalho e condições de vida dos trabalhadores rurais na zona canavieira de Pernambuco, segundo a literatura, a academia e os próprios atores sociais
Palabras clave:
Movimentos sociais – Pernambuco, Sociologia rural, Trabalhadores rurais – Aspectos sociais, Zona rural – PernambucoSinopsis
Após a escravidão, a mão de obra rural empregada nos canaviais do Nordeste foi maciçamente submetida à condição de moradora de engenho. Nesta obra, que chega à terceira edição, em versão ampliada, a autora, professora titular do Departamento de História da UFPE, aborda as relações de trabalho e as condições de vida dos trabalhadores rurais na zona canavieira de Pernambuco a partir do conceito de “morada”, utilizando como bases de reflexão três instâncias: obras literárias, como as escritas por José Lins do Rego e Gilberto Freyre, que têm importante papel na construção de uma suposta “memória coletiva” adotada pela história oficial; diferentes correntes historiográficas, particularmente as marxistas; e lembranças dos moradores de engenho, isto é, as experiências e as opiniões dos próprios trabalhadores rurais que viveram a “morada” de engenho. A ambição desse estudo consiste, ao registrar o ponto de vista dos canavieiros a respeito de seu passado, na afirmação de sua capacidade, enquanto classe, de conferir historicidade. Isto é, trata-se de reconhecer-lhes uma competência que lhes foi sempre negada em virtude da localização dita periférica e rural de seu âmbito de trabalho e de sua posição de classe subalterna na sociedade brasileira. A obra integra a Série Ars Historica, concebida com o intuito de promover uma mais ampla divulgação da produção científica na área da História. Todos os volumes da Série são produzidos em formato digital e disponibilizados gratuitamente.

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