Tão longe, tão perto: a casa vernacular e as dinâmicas da tradição
Palabras clave:
Arquitetura de habitação – Rio Grande do Norte, Arquitetura nativa – Rio Grande do Norte, Habitações – Projetos e construção – Rio Grande do Norte, Planejamento urbano – Natal (RN)Sinopsis
Em aldeias indígenas lacunarmente descritas em manuscritos do século XVI; num refúgio erigido na periferia rural potiguar pelo negro então escravizado; no traçado replicado pela casa-grande dos engenhos em diferentes estados do Nordeste: partindo de fontes primárias reunidas e analisadas ao longo de mais de trinta anos de pesquisas, além de extensa bibliografia especializada, Rubenilson Brazão Teixeira, em Tão longe, tão perto, revisita esses e outros lugares no encalço de uma criação secular, coletiva, anônima – a casa tradicional potiguar. O longo arco histórico descrito na cultura por essa forma seminal de construir e morar é aqui apresentado em estudada periodização, que vai do Brasil Colônia à contemporaneidade, e cujo interesse excede os limites territoriais do Rio Grande do Norte para alcançar os estados vizinhos da Paraíba, de Pernambuco e do Ceará. Além das longínquas fases de sua formação (1600-1700) e posterior consolidação (1700-1850), o percurso aqui proposto também dá conta de uma flagrante proximidade: a presença insidiosa dessa mesma tradição vernacular nos atuais centros urbanos, em exemplares que documentam as fases tanto de sua transformação (1850-1950) quanto de sua eventual desconstrução (a partir de 1950), num jogo de complexa oscilação entre a extinção e a permanência.
Produzido com o rigor da pesquisa, sob o critério de duas universidades – a UFPE, como editora, e a UFRN –, é também com prazer que este livro redescobre a cada página seu objeto de estudo, na escrita cativante e em mais de 80 desenhos assinados pelo autor. Para especialistas e para interessados na cultura brasileira irrestritamente.

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